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Violão na Música BrasileiraA importância do Violão na Música Brasileira

“Amigo Violão”- Este é o título de uma música feita por um violonista de nossa atualidade – Rogério Caetano. Sem dúvida a composição quis render uma homenagem ao instrumento mais popular na terra Tupiniquim.

Este instrumento, que em seus primeiros anos no Brasil fora considerado instrumento de pouco prestígio, em seus tempos atuais desfruta de merecido reconhecimento e ovação.

Os primórdios do violão

O próprio Lima Barreto, em um de seus romances, classifica como violão impudico o objeto que o respeitável Major Quaresma carregava debaixo do braço, perdendo seu título de “homem sério” por andar metido em tais malandragens e, até sua irmã o admoestou a juízo por andar com um seresteiro…

O violão não gozava de boa fama nos anos em que a música popular brasileira desabrochava. Essas pressões sociais fizeram com que o grande compositor Heitor Villa Lobos fizesse de seu instrumento de público o violoncelo.

E o violão ficou sendo apenas seu “laboratório” às escondidas. Mesmo frente a esse estigma do instrumento, presenciamos o surgimento da modinha, isso últimos anos do século XVIII, e que, segundo alguns críticos da época, não havia instrumento melhor para o acompanhamento do estilo que era cultivado tanto no Brasil, como em Portugal.

Mesmo com um estilo musical popular apoiado por nosso violão, isso não foi o suficiente para afastar este estigma do violão.

Reconhecimento e ascensão

O violão passou a ter um pouco mais de respeito quando músicos sérios como Clementino Lisboa e o professor Alfredo Imenes passaram a defendê-lo como instrumento para concertos, muito embora suas apresentações não chamassem tanta atenção do público da época e, certa vez, Imanes fora ridicularizado em público.

Na literatura disponível aparecem grandes nomes de artistas que defenderam o instrumento e destacam-se entre eles o paraguaio Agustín Barrios, a espanhola Josefina Robledo e o paulistano Américo Jacomino, o Canhoto. Foi a partir de um concerto realizado por Canhoto que o violão conquista a elite paulistana e começa então o inicio de desenvolvimento da música para o violão.

Ainda não havia uma clara distinção entre violão para concerto e o violão popular. Se percorrermos a história da Modinha e Lundu, chegaremos ao Choro que tem como criador Joaquim Callado que, como os outros músicos já citados, era um músico virtuosíssimo e era acompanhado por dois violões e um cavaquinho.

Essa distinção entre o clássico e o popular se acentuou nas décadas de 1930, 1940 e 1950. Nesse período aparece Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto. Esse Violonista é considerado um dos precursores da bossa-nova e influenciou violonistas como Baden Powel e Raphael Rabello.

A contemporaneidade e A importância do Violão na Música Brasileira

O violão na década de 1950 já desfrutava de certa maturidade. O ensino formal do violão já era uma realidade nas cidades como o Rio de Janeiro. E nesta mesma cidade aconteciam reuniões casuais de amigos que se juntavam para ouvir, compor e tocar a música que mais a frente se tornaria um estilo genuinamente brasileiro e reconhecido internacionalmente. Billy Blanco, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Sérgio Ricardo e João Gilberto formavam esse seleto grupo de violonistas que impulsionaram o estilo no Brasil.

Nos anos que se seguiram, artistas sentiram a necessidade de uma renovação profunda de tudo que já havia sido composto desde a década de 1920. Na década de 1960 e sob a influência da antropofagia de Andrade aparece Caetano Veloso, principal músico da nova era da musica brasileira, denominada hoje de tropicália.

Em suas composições e nas composições dos artistas que despontaram nesta fase da música brasileira, o violão foi um companheiro inseparável das bases de suas canções. Nesta era da musica brasileira não poderíamos deixar de citar Gilberto Gil e o grande Chico Buarque de Holanda.

A música brasileira de hoje é fruto dessa semente plantada e regada desde a década de 1920. Os artistas e músicos, que compõem música popular brasileira, trazem em seu DNA a bagagem histórica de todos esses artistas que, com a voz e o violão, expressavam sua forma de ver as pessoas, a sociedade, enfim, o mundo. E hoje, assim como Rogério Caetano também podem chamá-lo “ amigo violão”.

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