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A História do violão de 7 cordas é muito interessante! O Violão de 7 Cordas, ou apenas “7 Cordas”, como é mais popularmente conhecido entre os músicos, é um instrumento musical bem parecido com o violão tradicional, que tem 6 cordas.

A 7ª corda geralmente é mais grave que as demais, mas também tem violões de 7 Cordas que podem usar uma corda mais aguda. Esta, no caso, seria uma nota Lá, uma quarta acima do Mi  (a primeira corda do violão tradicional)

A História do violão de 7 cordas começou com o famoso violonista e compositor Napoleon Coste (1805 – 1883). Vemos então, que o “violão de 7 cordas” não é assim um instrumento musical tão novinho…

Napoleon Coste, em conjunto com o Luthier Lacote, projetaram um modelo de violão que tinha uma corda suplementar, denominado de “heptacorde”. Essa 7ª corda era suspensa, ou seja, não passava pelo braço do instrumento, e assim, não podia ser pressionada pela mão esquerda…

Essa 7ª cordas era afinada conforme a tonalidade da peça a ser executada. Podia então ter a afinação em Dó, Ré, Si, Si bemol, etc. Veja um modelo que ele usava, na figura abaixo.

Heptacorde do sec. XIX

Na Rússia, do final do século XIX e começo do século XX, o violão de 7 cordas já era muito usado, principalmente na música popular e cigana. E a 7ª corda já estava incorporada à escala do instrumento nessa época. O violão de 7 cordas nessa época já era um instrumento que tinha muita coisa do que conhecemos hoje.

A História do Violão de 7 Cordas Brasileiro

A História do violão de 7 cordas brasileiro, carinhosamente chamado pelos violonistas e músicos apenas de “7 cordas”,  surgiu da necessidade de acompanhamentos contrapontísticos (as “baixarias”) na região grave, como o faziam o ofcleide, o bombardino e a tuba, nas bandas e fanfarras do século XIX.

Sobre sua chegada ao Brasil, as informações não são precisas…  E o que se sabe, é que os primeiros a introduzirem o instrumento no Choro foram os músicos violonistas China (Otávio Littleton da Rocha Vianna 1888-1927, irmão de Pixinguinha) e Tute (Arthur de Souza Nascimento 1886 -1957).

Quanto a esse surgimento no Brasil, alguns dizem que China, a partir das viagens que fez com os 8 batutas – o conjunto musical do Pixinguinha do início do século XX – trouxe o instrumento da Europa.

Outros textos associam o surgimento do “7 Cordas” no Brasil, ao fato de existir, no início do século XIX, no centro do Rio de Janeiro, uma pequena comunidade de ciganos russos, que interagia com a Pequena África – comunidade de negros e nordestinos fixada na região da Praça Onze – e que esses ciganos frequentavam as famosas “rodas” na casa da matriarca baiana Tia Ciata.

Então, Tute teria visto o exótico instrumento com um desses ciganos russos, e encomendou – mandou fazer – o instrumento a um luthier… Mas essa história carece de evidências reais. Seja como for, o fato é que eles – China e Tute – foram os primeiros músicos violonistas brasileiros que chegaram a fazer gravações com o violão de 7 cordas.

Certa vez, no final dos anos 80, eu – Marco Bertagliafui tocar em Peruíbe – litoral sul de São Paulo. Lá, conheci um senhor, que já beirava os 80 anos de idade, que “puxou conversa” comigo, e disse que nascera na Rússia, vindo pequeno para o Brasil.

Esse senhor, que apreciava muito música instrumental e especialmente o violão, disse-me que quando garoto, na sua terra, tinha visto muitos violões e violonistas de 7 cordas por lá! Pelo que deduzi, isso foi por volta dos anos 1920…

Assim, essas duas possíveis “origens” para o violão de 7 cordas brasileiro, ganham mais um reforço e mostram a influência dos ciganos russos na vanguarda do instrumento.

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A Importância do Violão de 7 Cordas na Música Brasileira

Dentre os instrumentos musicais “abrasileirados”, o violão de 7 cordas  é mais do que um simples instrumento. Ele representa uma linguagem e um estilo musical. Sua marcação na região grave – a linha de baixos – ora pontuando as notas da harmonia, a chamada “baixaria”, ora fazendo frases contrapontísticas com a melodia, contribuiu de forma determinante na música popular brasileira de forma geral.

Pode-se dizer que a história do violão de 7 cordas se confunde com a história dos instrumentistas.

Como já foi dito, não existe um consenso quanto ao surgimento deste instrumento em nossa música brasileira, mas é fato que ele, a partir do início do século XX, tornou-se imprescindível para o Choro e o Samba, além das Valsas, Canções, Modinhas e serestas.

E nas últimas décadas, já nos deparamos com o “7 cordas” em formações camerísticas, e até grupos de jazz!

Quando o violão de 7 cordas começou na música brasileira, a sétima corda adicionada era uma de violoncelo, e necessitava do uso de uma dedeira no polegar. Assim, dava-se um destaque aos bordões.

A afinação usada para a sétima cordas era em Si e Dó. Só bem depois, começou-se a usar outras afinações.

A escola tradicional do violão de 7 Cordas no Brasil foi definitivamente fundamentada por Dino 7 cordas – Horondino Silva – na década de 50. Pode-se dizer que o Dino foi um “divisor de águas” na música popular brasileira, especialmente no estilo de tocar o 7 cordas.

Dino e Rafael - História do violão 7 cordas

 RAPHAEL RABELO E  DINO 7 CORDAS

Suas frases com os baixos- as baixarias – e sua “pegada” são imitadas por praticamente todos os violonistas atuais.  A grande maioria dos violonistas utilizam a sétima corda afinada em Dó, devido à escola do Dino. E usam essa afinação também, devido ao fato de que existem muitos choros e sambas na tonalidade de Dó e Fá.

E os tipos de cordas do violão de 7 cordas usados pelos violonistas de Samba e Choro nas últimas décadas seguem o padrão criado por Dino 7 cordas: A 1ª e 2ª cordas agudas são de nylon e as demais de aço.

Assim uma linha de baixos com essa nota (Dó) em corda solta, facilita bastante a montagem de acordes e o desenvolvimento de frases na baixaria. O motivo da afinação da 7ª corda em Dó é uma questão de sonoridade do instrumento, além de facilitar a execução – técnica – musical.

Raphael Rabello, foi outro gênio musical no violão, que estudou e aprendeu muito com o Dino, e podemos dizer que também inaugurou uma nova fase da história do violão de 7 cordas a partir do final dos anos 70.

Raphael fazia harmonia e solos com o 7 cordas de forma pioneira e virtuosística. Dentre os músicos violonistas de hoje, é muito difícil quem ouça uma gravação sua, e logo não identifique seu estilo, técnica e sonoridade próprias de um gênio musical!

Logo após lançar o método  O Violão de 7 Cordas, que aliás, foi o primeiro método para violão de 7 cordas, lançado no Brasil em 1999, eu fui ao Rio de Janeiro e presenteei o “mestre” de todos os violonistas de 7 cordas, Horondino Silva, com um exemplar da primeira edição! E, pra meu orgulho, soube depois que ele passou a usar meu método nas suas aulas particulares…

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Para quem quer aprender a tocar violão de 7 cordas, fazer as “baixarias” do Choro, Samba e outros gêneros da MPB, o “Kit 7 Cordas” é completo! Ele ensina os fundamentos básicos, a Técnica e a Linguagem para este Maravilhoso Instrumento musical! E tem também uma Versão Online do Kit 7 Cordas!

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Nos últimos anos foram lançados outros métodos para o violão de 7 cordas, e há também escolas de música e conservatórios que incorporaram na sua grade curricular o ensino do violão de 7 cordas. Isso é um ótimo avanço na área de ensino musical e nossa música brasileira só tem a ganhar com essas mudanças!

E Você: Já conhecia a história do violão de 7 cordas? Deixe sua opinião e comentários abaixo!

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